Como usar as mãos para o bem

Objetivo:
Valorizar a reencarnação como oportunidade de fazer diferente, de mudar, transformar. Valorizar a auto-estima e descobrir-se capaz de ver beleza e de transformar a realidade.

Procedimentos:
- Trabalhar a música ‘Mãos’.- Levar passagens da vida de Jesus (passagens que são citadas na música) para que eles trabalhem em grupos: ‘O Argueiro e a Trave no Olho’, ‘mulher adúltera’, ‘significado de pão e vinho’, ‘andar sobre as águas’, ‘parábola bom samaritano’, ’lavar os pés’, ‘sermão do monte’. Cada grupo deverá identificar esta passagem na música

- Discutir a letra da música.

Em uma cartolina carimbar as mãos dos jovens com guache ou fazer o contorno com canetinha e pedir que cada um se comprometa escrevendo na mão o que pode fazer para tentar mudar o mundo.


Mãos (http://palcomp3.com/allanfilho/maos-com-atila-rondon/)
(
Autoria: Allan Filho / Átila Rondon / Carlos Alexandre / Marcos José)

Mãos que apontam as falhas do outro,
São traves nos olhos de quem não se vê.
Abertas são tapas na cara da vida,
Fechadas são punhos buscando o poder.
Lançam as pedras condenam e castigam
Mas, na própria vida, há uma contradição.
Mãos que lavadas diante do povo
Demonstram de novo uma velha omissão.
Minhas mãos estão marcadas
Do que está cheio o meu coração.

Que das cinzas de todo desamor renasça a paz!
Que eu consiga enxergar o amor em mim e levá-lo aos demais!
E mostrar que apesar de toda dor...
Há mãos que partilham o pão e o vinho
São as mesmas mãos que nos lavam os pés.
Mãos que nos chamam pra andar sobre as águas
E sempre nos erguem se há pouca fé.
Mãos que amparam o samaritano
São mãos que irmanam quem o mundo abandonou.
Mãos que semeiam do alto do monte.
São fonte de fé, de esperança e de amor.
Minhas mãos estão marcadas
do que está cheio o meu coração.




            9 – Por que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o argueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeira a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão. (Mateus, VII: 3-5).
             10 – Um dos caprichos da humanidade é ver cada qual o mal alheio antes do próprio. Para julgar-se a si mesmo, seria necessário poder mirar-se num espelho, transportar-se de qualquer maneira fora de si mesmo, e considerar-se como outra pessoa, perguntando: Que pensaria eu, se visse alguém fazendo o que faço? É o orgulho, incontestavelmente, o que leva o homem a disfarçar os seus próprios defeitos, tanto morais como físicos. Esse capricho é essencialmente contrário à caridade, pois a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. A caridade orgulhosa é um contra senso, pois esses dois sentimentos se neutralizam mutuamente. Como, de fato, um homem bastante fútil para crer na importância de sua personalidade e na supremacia de suas qualidades, poderia ter ao mesmo tempo, bastante abnegação para ressaltar nos outros o bem que poderia eclipsá-lo, em lugar do mal que poderia pô-lo em destaque? Se o orgulho é a fonte de muitos vícios, é também a negação de muitas virtudes. Encontramo-lo no fundo e como móvel de quase todas as ações. Foi por isso que Jesus se empenhou em combatê-lo, como o principal obstáculo ao progresso.
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo X : bem-aventurados os misericordiosos. Itens 9 e 10

argueiro = grão e poeira, partícula de pó (partícula pequena)
trave = viga, barra (partícula grande)                                                                 

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             11 – Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2).
             12 – Então lhe trouxeram os escribas e os fariseus uma mulher que fora apanhada em adultério, e a puseram no meio, e lhe disseram: Mestre, esta mulher foi agora mesmo apanhada em adultério; e Moisés, na Lei, mandou apedrejar a estas tais. Qual é a vossa opinião sobre isto? Diziam pois os judeus, tentando-o, para o poderem acusar. Jesus, porém, abaixando-se, pôs-se a escrever com o dedo na terra. E como eles perseveraram em fazer-lhes perguntas, ergueu-se Jesus e disse-lhes: Aquele dentre vós que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra. E tornando a abaixar-se, escrevia na terra. Mas eles, ouvindo-o, foram saindo um a um, sendo os mais velhos os primeiros. E ficou só Jesus com a mulher, que estava no meio, em pé. Então, erguendo-se, Jesus lhe disse: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então Jesus lhe disse: Nem eu tampouco te condenarei; vai, e não peques mais. (João, VIII: 3-11).
             13 – “Aquele que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra”, disse Jesus. Esta máxima faz da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo. Ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros os que nos desculpamos em nós. Antes de reprovar uma falta de alguém, consideremos se a mesma reprovação não nos pode ser aplicada.

Fonte: O Evangelho Segundo O Espiritismo. Capítulo X: Bem-Aventurados Os Misericordiosos. Itens 11, 12 E 13

Indulgência = perdão de um erro

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Última ceia

A última ceia de Jesus com os seus apóstolos representa mais um apelo do Mestre à vivência da lei de amor, segundo os princípios da verdadeira fraternidade que devem reinar na Humanidade. Nessa ceia, o Mestre transmite também orientações finais aos discípulos, anuncia acontecimentos e empenha, mais uma vez, o seu amor e proteção a todos que o aceitarem como orientador maior.

“Tomando o pão, partiu-o e o deu a seus discípulos e disse-lhes:” Tomai e comei; este é o meu corpo; que vai ser dado por vós. E com o cálice cheio de vinho, ofereceu-lhes, dizendo: ‘Bebei, este é o sangue do Novo Testamento que vai ser derramado em vosso benefício.’

Ao falar isto, Jesus estava fazendo uma comparação consigo mesmo. O pão é um alimento conhecido por todos e serve para sustentar o nosso corpo, e Jesus é o "pão" para o nosso espírito, isto é, seus ensinamentos nos alimentam a alma, o sentimento e o raciocínio, deixando-nos fortes para a vida.

O vinho, é o sinal do espírito renovador dos ensinamentos do Mestre, que dessedenta a alma. O pão e o vinho partilhados com o nosso próximo, fertilizam o nosso espírito pela luz que advém desta atitude, que tornada hábito, permite-nos encontrar a paz.

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Lavar os pés

Conhecendo sua origem superior, quis Jesus, praticando o ato simbólico de lavar os pés a seus apóstolos, dar aos homens, aos quais chama seus irmãos, o exemplo da humildade e da renúncia. Foi para isso que, assemelhando-se a um escravo, desempenhou aquela função. [...] A lavagem dos pés simbolizava também a maneira por que os discípulos deviam percorrer o novo caminho em que iam entrar, depois de lhes haver o Mestre limpado os pés de todas as imundície de que o caminho velho os cobrira.

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Parábola do bom samaritano
Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante. Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante. Mas, um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão. Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou, depois, pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.
Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões? O doutor respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo. (S. LUCAS, cap. X, vv. 25 a 37.)
Fonte: O Evangelho Segundo O Espiritismo. Capítulo XV: Fora da caridade não há salvação. Item 2.

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Sermão do Monte

Sermão é, conforme os dicionários, discurso religioso. Jesus proferiu quatro sermões, públicos e privados, com destinação certa e procurando atingir seus objetivos. Os públicos eram feitos em lugares que marcaram a passagem do Mestre, que ensinava caminhando.

O 1º Sermão de Jesus de Nazaré aconteceu num monte na costa Norte do Mar da Galileia, perto da cidade de Cafarnaum foi o Sermão da Montanha ou das Bem-aventuranças (Mateus 5-7, Marcos 5 e Lucas 6), é um longo discurso de Jesus que é considerado um resumo dos seus ensinamentos.

Jesus inicia o Sermão do Monte pelas bem-aventuranças, incentivando à humildade, à mansuetude, à prática da justiça, à misericórdia e à pacificação.  Oferece-nos o Reino dos Céus se o nosso comportamento estiver, pautado dentro desses ensinamentos.

Fala que os seus seguidores preservariam os seus ensinamentos pelos exemplos edificantes e transmitiriam os conhecimentos adquiridos d'Ele com pureza. Não veio destruir a lei - diz o Mestre - ou desmentir os profetas, mas tão somente ratificar os ensinamentos, e, mais do que isso, ampliá-los.

Recomendou-nos o exercício da caridade sem ostentação; concitou-nos a nos precatarmos contra os mentirosos enganadores e mostrou-nos a imperiosa necessidade da oração, para que através dela nos possamos religar ao Pai, além de levar socorro aos necessitados.

Mostrou o destino glorioso dos que edificam a vida espiritual sobre rocha firme e, em contraposição, a triste sina dos que edificam suas vidas sobre as ilusões do mundo.

Finalmente, ensinou-nos o "Pai Nosso", para que através dele pudéssemos entrar em contato com o Pai Celestial.

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