Espírito Protetor


Objetivo:
Entender que todos temos alguém ao nosso lado, nos incentivando a praticar o bem e nos ajudando sempre que o chamamos através da prece sincera.

Conteúdo:
LE, perguntas 489 a 521.

Procedimento:
-Ambientação – Música e Prece

Introdução ao tema:
Colocar diversos obstáculos pela sala. Dividir as crianças em duplas. Uma fica com os olhos vendados, e a outra irá guia-lo. Depois de 5 minutos trocar as funções. Eles deverão dar uma volta pela sala.

Perguntar se eles sabem quem é que nos guia, que nos protege durante toda a nossa vida.

Contar para as crianças que a Doutrina Espírita nos ensina que todos nós temos Espíritos vinculados a nós, desde nosso nascimento, que pela intuição buscam nos orientar e nos auxiliar. Eles cumprem junto a nós a missão de um pai junto ao filho, nos auxiliando com seus conselhos e nos confortando em nossas aflições.

Ficam felizes quando agimos certo e se entristecem quando caímos. Seu nome pouco importa, mas na maioria das vezes são almas vinculadas a nós por laços afetivos. Temos várias denominações para esses Espíritos: Mentor Espiritual, Anjo da Guarda, Anjo Guardião,etc. Lembrar da história de Chico Xavier, Emmanuel era seu mentor.

Contar a história: AJUDA DOS CÉUS – Com ajuda de figuras

Esconder 4 perguntas pela sala, dividi-los em duplas e novamente vendar os olhos de uma criança da dupla. Juntos deverão encontrar as perguntas, mas apenas o que está de olhos vendados poderá pegá-la.

Desenvolvimento:
Como nosso anjo da guarda entra em contato conosco? Ele nos fala através da intuição, é uma voz interior que nos dá uma ideia no caminho do bem. Ele também pode se manifestar através dos conselhos de um amigo (lembrar que amigo verdadeiro só dá conselhos para o bem), da palavra de consolo de um colega de sala de aula ou de alguém próximo a nós, de uma leitura, história, entre outras maneiras.

Muitas vezes se comunica conosco durante o sono do corpo físico. Às vezes, através até mesmo de algo que parece um imprevisto, um atraso, mas que é algo que ocorre para o nosso bem. Quando algo não dá certo, precisamos confiar na bondade de Deus, não falar mal, não reclamar, não se revoltar, esperar um pouco, porque Deus sempre faz pelo melhor, mesmo que não entendamos no momento, mais tarde vamos perceber que também aquilo foi para o nosso bem. Neste momento o evangelizador poderá citar um exemplo verdadeiro que seja de seu conhecimento e de fácil entendimento pelos evangelizandos.

Como podemos nos comunicar com nosso anjo guardião? Através da prece, ouvindo sua voz quando nos dá bons conselhos. E quando devemos orar? A qualquer hora e em qualquer lugar. Nosso primeiro pensamento do dia pode ser para o nosso anjo guardião, agradecendo a ele por ter aceitado nos auxiliar nesta vida e pedindo a proteção, os conselhos para o bem e a ajuda necessária para aquele dia. Quanto mais coisas boas fizermos, mais ligados a ele nos tornamos, e ele tem melhores condições de nos auxiliar. Quando formos dormir, também é importante pedir que nos aconselhe durante o sono, e que nos acompanhe onde formos, em espírito, durante o sono do corpo físico.

Até quando ele fica conosco? O Espírito protetor pode se dedicar a uma criatura por vária existências. Se a criatura não atende absolutamente seus conselhos, ele se afasta, mas não a abandona completamente. Fica por perto para auxiliá- la quando ela voltar ao caminho. A missão do Espírito protetor é ajudar o homem a progredir. É sempre de natureza superior ao protegido.

Não se esqueçam nunca de que seu Espírito protetor estará sempre ao seu lado, toda vez que se sentirem sozinhos ou sentirem medo orem pedindo a ele que os ajudem no momento difícil, e que os proteja. E quando estiverem felizes, não se esqueçam de orar a Deus e lhe agradecer por momentos tão bons. Se soubermos pedir e também agradecer, certamente, seremos mais felizes.

Como é nosso anjo da guarda? Ele tem asas?
Explicar que o nosso ‘anjo da guarda’ é parecido com a gente, mas um pouco mais evoluído. Quando oramos, estamos nos conectando com ele. Explicar para as crianças que ele não tem asas, pois não precisa delas. O que ele tem é um coração mais evoluído; uma moral mais elevada, É um Espírito desencarnado destinado por Deus para nos auxiliar e dar bons conselhos nesta existência.


Fixação: Fazer um relaxamento com as crianças e após pedir que desenhem seu espírito protetor, e, se quiserem criem um nome para ele.

Neste momento, vamos todos fechar os olhos e ir fazendo e imaginando aquilo que eu for dizendo...

Vamos respirar fundo uma vez ... duas vezes... sentindo o ar entrar e sair dos pulmões... mais uma vez, respirando fundo.

Agora vamos contar até três.

Um, sentindo os braços e as pernas relaxadas... Dois, sentindo a barriga, o pescoço e a cabeça sem nenhuma pressão... Três, sentindo todo o corpo relaxado e muito bem.

Agora imagine um lugar bonito, cheio de plantas e pássaros e um belo jardim. Veja as árvores, as flores e um lago, com águas tranquilas e limpas.

Agora você vai se imaginar sentado, pode ser em uma cadeira, neste belo lugar. Você está calmo e tranqüilo, ouvindo os passarinhos e sentindo o vento nos cabelos.

Você está esperando alguém chegar. De repente você sente que uma alegria o invade e você olha e vê aquele olhar calmo, sereno, aquele sorriso contagiante. Você reconhece seu anjo da guarda, seu espírito protetor.

Ao vê-lo, você se sente envolvido por um abraço cheio de energias positivas. Vocês dois sentam-se para conversar e suas palavras cheias de amor e sabedoria invadem o seu coração... Você sabe que ele lhe ama muito e quer o seu bem, acompanha você desde antes de ter reencarnado, protege você e te dá bons conselhos.

Ele diz que você pode conversar com ele sempre que quiser, através da prece. Diz também que ele vai continuar te aconselhando a seguir no caminho do bem. Você está ouvindo tudo com muita atenção. A conversa é calma e tranqüila.

Antes de ir embora, ele te dá um último conselho: um conselho para o bem, mas que só você sabe o que é. Neste momento você está ouvindo este conselho...

Seu anjo da guarda então se despede de você com um abraço especial e diz que estará sempre com você, te auxiliando.

Você, então, vê ele se afastar e observa novamente o lugar onde está: um jardim muito bonito. Foi um encontro muito especial, mas agora é preciso retornar para a sala de aula.

Devagar, você vai se espreguiçar enquanto eu conto de um a três. Um, espreguiçando os braços ... Dois, espreguiçando as pernas ... Três, dando um grande bocejo... Você está novamente se sentindo bem, e nesta sala de aula. Pode abrir levemente os olhos e se espreguiçar mais uma vez. Para dizer que está tudo bem, dê um sorriso.”


- Música e Prece final


AJUDA DOS CÉUS


A garota de pernas longas e ossudas, cabelo crespo e bochechas cobertas de sardas, voltava para casa de bicicleta.
Distraída, pensava em que teria feito sua mãe para o jantar. Ao virar a esquina, um carro surgiu ao lado, com dois jovens dentro.
Ela pensou se tratar de amigos de seu irmão. O que estava no banco do carona se inclinou para fora da janela, em sua direção.
Ele tinha cabelos longos e parecia com seu irmão Michael.
Ele sorriu e perguntou se ela não desejava uma carona até em casa.
Não, obrigada – respondeu. – Moro logo ali, depois da esquina. Estou quase chegando.
Ele insistiu: Vem. Vai ser divertido. Vem dar uma volta com a gente.
Ela olhou em torno. Não havia ninguém. Nenhum carro passando. A rua estava vazia.
Começou a sentir um mal-estar, mas não conseguia se mexer. Parecia estar hipnotizada.
Nesse instante, uma voz soou em seu ouvido. Ou, ao menos, ela pensou que fosse em seu ouvido.
Corre! Se manda.
Imagens de sua casa começaram a piscar na mente na menina de 11 anos.
Despertou da paralisia que o medo lhe provocara e pedalou o mais rápido que pôde, em direção à sua casa.
O carro se afastou na direção oposta.
Chegou em casa com dor no peito, por ter prendido a respiração e pedalado com tanta força.
Tremendo ainda, correu aos braços de sua mãe, contando o que acontecera.
Infelizmente, como fazem muitos pais, ela não deu maior importância àquilo que fora uma tentativa de seqüestro infantil.
Mas o comando daquela voz salvara a garota.
O episódio a marcou profundamente. Mais de vinte anos passados, ela recorda da cena em todos os detalhes.

Naquele dia, ela lembra ter prometido a si mesma que, ao crescer, faria algo para proteger as crianças de agressores.
Não sabia direito como, mas tinha certeza de que, um dia, se dedicaria a essa causa.
Pensou em ser advogada e juíza, para distribuir sentenças severas a pessoas que maltratavam crianças.
Adulta, ela ajudou a criar um sistema de alerta a rapto de crianças nos EUA, onde reside.
Mas, a grande certeza que guarda do episódio, é de que naquele dia aterrorizante, aos 11 anos de idade, havia um anjo em seu ombro.
O anjo, tanto a protegeu naquela tarde quanto, diz ela mesma, a colocou no caminho que deveria seguir na vida adulta.
Traçando perfis de criminosos para a polícia, auxiliando na captura de raptores, ela se sente gratificada.
Mais ainda, quando suas palavras podem aliviar a dor dos parentes de uma vítima, retirando um peso de seus corações.

* * *

Poucos nos damos conta do quanto somos protegidos. Isso porque a proteção é sutil.
As idéias brotam como uma intuição e quase sempre as creditamos à conta de nós mesmos.
Atravesse a rua. Siga por aquele caminho. Olhe para trás.
Por vezes, o socorro é providenciado através da interferência feliz de um parente, amigo, ou até um desconhecido.
Alguém que chega e nos sugere algo. Alguém que passa e nos socorre.
Pense nisso e fique atento à ajuda que os céus lhe remetem todos os dias, aprendendo a ouvir com lucidez e ser grato.

Fonte: Texto da Redação do Momento Espírita com base no cap. 3 do livro Não é preciso dizer adeus, de Allison Dubois, ed. Sextante.



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